quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Descaminho

Ele chegou assim
Como quem queria de mim
Descobrir o mundo
Quem usou a quem
Esqueceu-se também
De avisar ao coração

Sem caminho, um outro dia,
Na minha porta bateu
Arrepiou-me a nuca
Mas meu ego és minha culpa
E meu coração é dolo seu

E verdades contou-me
Porém a vaidade deixou
Escapar-me a visão enxuta
Pois meretriz foi minha decisão
E injusta minha falsa nova paixão

Hoje me pego com outro alguém
Que eu não sei de onde vem
Que não sei quando vai partir

A mim ainda sinto quente
As suas mãos em meus seios
A sua boca, meu anseio
Seus músculos, meu desafinar

E então no ápice da paixão
Uma alma já fundida
Encontrou o descaminho
Em minha razão.
Digo, em minha ilusão!

Um comentário:

  1. se continuares assim nao me sobraram nem um leitor no meu humilde blog. tenho que me cuidar...

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