Enjoei!
Sim, simplesmente enjoei.
Não quero mais!
Sim, simplesmente enjoei.
Não quero mais!
Enjoei sem temer que o enjoar
Fosse uma liquidez intrínseca
Da minha própria vontade.
Logo a vontade que é uma grandeza
Mais imperativa que a verdade!
Em mim solidifica-se, faz viga.
Tudo por sua natureza límpida.
Um impulso em constante transformação
Que, para permanecer, renova-se.
Sendo cada renovar uma inédita direção!
Sim,
Minha vontade se perpetua
Pela leveza volátil que seu âmago insinua.
Minha vontade se perpetua
Pela leveza volátil que seu âmago insinua.
Irônico triunfo do fraco!
A fraqueza indestrutível de uma bruma esparsa
Que compõe e sustenta a estrutura, a face mais pura,
Da liberdade: suas asas.
[...]
Eu aqui, já ao nível do ar,
Temo por suspeição propagar:
A força motriz do impulso do desejo do vazio,
Moldável à Vida e aos seus caprichos imponderáveis.
Vitor "Bardo" Ventura.