sábado, 8 de junho de 2019

Disponibilidade Ininterrupta.

Abalos sísmicos por trovões silenciosos.
Nas entrelinhas da auto suspeição,
No cansaço das repetidas palavras,
Mesmo outras palavras sob as mesmas questões.

Reiteradas emoções compartilhadas,
Ludibriando-se, naturalmente equivocadas,
Com o subterfúgio da ideia de unicidade humana.

Esta singularidade deveras má interpretada.
Subserviente do viver somente para o ser ser entendido.
Ou pelo sacrifício honroso de parâmetros enganosos.

Reduzimos assim nossa sociedade.

Uma guerra de renegadas reflexões
Do que nos torna distintas perspectivas,
Mesmo na possibilidade ínfima de não sê-las.

Sim,
Foi neste mundo que adoeci!
Tomado por uma síndrome carrasca,
Parte antagonista da minha querida vaidade,
Jogando-me à negação de meus pré-requisitos invioláveis.

Sou a contrapartida da austeridade do previsível.
A fadiga redentora de uma disponibilidade ininterrupta.
 


Vitor "Bardo" Ventura.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Vaidade

Tenho carência de solidão
E não a encaro como descontinuidade.
Eu rompo com anseio as emoções
Da insuportável racionalidade.

Misturo-me com o cinza
Desbotado que me rodeia.
Com o impulso a pulso
Abrupto que me desnorteia.

Vivo o avulso enervado
Em sua intrínseca natureza.
Já considero inferno
Um céu que me deseja.

Nas sobras de minhas pálidas entranhas,
Convicto de meias verdades
E de certezas que aprendi a negar
Imerso em minha arredia vaidade.



Vitor "Bardo" Ventura.