quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O surto

Despertei encarando o absurdo.
Foi a primeira vez chegando a mim.
Sim, envolto a essa carne fraca!
Um facão cravado no âmago perecível do tempo.

Intimado a uma dança desarmônica.
Só o impossível existir imperava.
Sem sua razão natural das coisas.
Um descompasso sucessível de cada momento.

Minha memória jazida no conforto do nada.
Moradia de uma essência esquecida.
Quem era eu além do meu hiato?
Quem era a vida perante o meu delírio?


Vitor "Bardo" Ventura.

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