A luz não é mais esperança,
É uma mera ilusão de fim do túnel.
A fraude dissimulada que nos ilude a caminhar,
Face a nossa incapacidade de amar!
Amar por inteiro o desconhecido,
Em um destemido prazer imensurável,
Numa insaciável busca intangível.
Deixemo-nos amar o desconhecido!
Mas cultivamos o anseio da morte.
Incisiva foice visceral de almas perdidas.
Sujando a pureza prévia do inconsciente,
Alimentando o ódio de uma criança pela vida...
...De repente,
Se (a)pegando na maldade fulcral humana:
A negação do seu próprio sofrimento!
Induzindo deliberadamente o esquecimento,
Numa hipocrisia entorpecente sedativa!
Consciências fartas de sua existência,
Disfarça em certezas o medo
E nele constrói um abrigo:
A própria escuridão do túnel,
O farsante espectro de Luz.
Vitor "Bardo" Ventura.
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